HERANÇA CULTURAL
"TODOS TEMOS EM NOSSAS CASAS ALGUMA HERANÇA CULTURAL QUE CONTRIBUIU PARA A FORMAÇÃO DE NOSSO PAÍS DESDE UM BALAIO AFRICANO, UM JARRO JAPONÊS, TALHERES ITALIANOS, LOUÇA PORTUGUESA, A CAMA TURCA".
O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições.
Quem visita Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, se surpreende com a cultura das 65 etnias que compõem a população local. A região é exemplo para o mundo de convivência pacífica entre povos de diferentes costumes e nacionalidades. Atualmente Foz do Iguaçu conta também com nove colônias sendo elas: Alemã, Árabe, Gaúcha, Italiana, Japonesa, Portuguesa, Afro Brasileira, Ucraniana, Paraguaia.
"Nós brasileiros devemos muito a esta mistura de Italianos, Japoneses, Portugueses e Espanhóis que vem nos presentear com uma rica cultura.”
Maria Manuela Lavado, 70 anos e seu esposo João da Silva Lavado, 76 anos vieram de Leiria (distrito de Fátima) em 1959. Chegaram em 1954 no Porto de Santos e vieram para o norte do Paraná, se instalando em Foz do Iguaçu somente em 1959. Manuela conta que não tinha nada em Foz nem asfalto na principal avenida, e que somente havia oito casas, entre elas correio, Savaris, Favasso, Domaresk e Gomes. Casaram-se e vieram para o Paraná. Naquela época tinham dificuldades para conseguir produtos de necessidades básicas por falta de mercados, mercearias, ou vendas. Tinham no início dificuldades de amizades e um bom relacionamento na comunidade por falta de moradores e difícil acesso, no entanto fizeram amizade com os construtores da ponte da amizade, pois eram de uma empresa portuguesa. Hoje são comerciantes pioneiros na cidade na área de ferragens e utencílios.
Kamal Osman, 58 anos, casado com Fátima Massae Osman, 54 anos, tem quatro filhos e quatro netos, é natural de Baaloul, no Líbano. Chegou ao Brasil com dois anos de idade, mas seu pai Mahmoud Osman, já havia imigrado no Brasil em 1952. Em 1963 veio para o norte do Paraná, numa cidade chamada Assai. Casou-se em Foz do Iguaçu em 1977 e em 1978 começou as atividades comerciais.
Francisco Cerrano Martinez, 60 anos é natural de Zaragoza, Espanha. Em 1971, com 24 anos chegou ao Brasil, direto em Porto Alegre onde tinha um tio que residia nesta cidade, ali se casou e teve dois filhos, em 1982 chegou a Foz. Ele diz que tem mais ou menos 20 famílias espanholas que vivem em Foz.
A imigração é comum em toda parte mais ela se destaca quando se trata de Brasil. Desde a nossa colonização que na maioria se fez dos vindos da Europa, nossa marca estrangeira está registrada até os tempos atuais em nossas casas, caras, mesas e cultura.
A miscigenação é muito grande e se acentua na parte Sul e Sudeste do país com colônias japonesas, italianas, alemãs e portuguesas. A nossa história deve muito também aos africanos que vieram á força por trabalho escravo e destes notamos fortes heranças na parte norte do país. O meu Brasil é tão estrangeiro e aperfeiçoou seus traços vivenciando na história o famoso jeitinho brasileiro.
"O equilíbrio Japonês”
Além de nos trazerem uma demonstração forte de união e força no trabalho, por serem incansáveis, os japoneses nos trouxeram o arroz como uma contribuição rica para a formação da nossa comida típica, além de nos ensinar a harmonia que se pode ter com a natureza sabendo aproveitá-la em nossos móveis, objetos decorativos a base de bambu, junco, árvores em miniaturas “Bonsai”, a sintonia de sons relaxantes como os sinos do vento e as fontes artesanais.
As sedas japonesas tiveram um forte peso em alguns momentos da história, mas hoje com o crescimento da população nas regiões onde se estabeleceram estão se destacando na área têxtil em produção de jeans que é um ícone no vestuário brasileiro.
“As cerâmicas Portuguesas”
Quem nunca entrou em um ambiente que tem azulejos decorados nas paredes. Em vários patrimônios históricos, algumas casas de época, até mesmo nas inovações modernas notamos o traço Português das pinturas em cerâmica e o seu uso na decoração dos ambientes. Os Portugueses foram os maiores responsáveis pela nossa colonização e de herança nos deixou a valorização do convívio social, onde todos temos um ambiente na casa para a recepção de amigos, familiares, tomada de decisões, e prováveis eventos, seja numa sala de estar ou jantar.
“A ostentação do mundo árabe”
Este mundo compreende várias culturas de várias nações desde o Marrocos ao Irã, mas foram os sírios e libaneses que nos incluíram nesta história. Como famosos comerciantes vieram sem apoio do governo e se instalaram no comércio desde os bazares, loja de especiarias e restaurantes típicos. São conhecidos como os bons de matemática porque sabem ganhar dinheiro. Os seus estabelecimentos não são muito atrativos e não se destacam pela decoração e aparência, no entanto em suas casas fazem questão do maior conforto, valorizam e mantém muito sua cultura fazendo questão de expô-la em detalhes, desde os tapetes persas, quadros, peças de decoração, estilo na disposição, alguns ousam na arquitetura, mas nunca pode faltar o dourado ou ouro, que é o símbolo da riqueza Árabe.
“O que ficou de herança dos Africanos”
A nossa cultura racista por muito não fez questão de demonstrar qualquer traço africano em nossa herança cultural, nem mesmo na língua e culinária, mas atualmente algumas tendências decorativas tem trazido demonstração de alguns trabalhos e objetos desta cultura que é tão brasileira quanto nossos estrangeiros, como estampas em tecidos artesanais, peças em grafismo, galinhas d’Angola, cestos, barris e máscaras usadas em danças rituais.
“Tudo acaba em pizza”
Como pensar em pizza sem lembrar dos Italianos se “tudo acaba em pizza”! Essa expressão é uma marca brasileira com gostinho do estrangeiro. Os Italianos tiveram grande contribuição no nosso crescimento na época das grandes colheitas de café e algodão, mas é impossível pensar neles sem lembrar do vinho e da macarronada de Domingo.
"TODOS TEMOS EM NOSSAS CASAS ALGUMA HERANÇA CULTURAL QUE CONTRIBUIU PARA A FORMAÇÃO DE NOSSO PAÍS DESDE UM BALAIO AFRICANO, UM JARRO JAPONÊS, TALHERES ITALIANOS, LOUÇA PORTUGUESA, A CAMA TURCA".
O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje. As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições.
Quem visita Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, se surpreende com a cultura das 65 etnias que compõem a população local. A região é exemplo para o mundo de convivência pacífica entre povos de diferentes costumes e nacionalidades. Atualmente Foz do Iguaçu conta também com nove colônias sendo elas: Alemã, Árabe, Gaúcha, Italiana, Japonesa, Portuguesa, Afro Brasileira, Ucraniana, Paraguaia.
"Nós brasileiros devemos muito a esta mistura de Italianos, Japoneses, Portugueses e Espanhóis que vem nos presentear com uma rica cultura.”
Maria Manuela Lavado, 70 anos e seu esposo João da Silva Lavado, 76 anos vieram de Leiria (distrito de Fátima) em 1959. Chegaram em 1954 no Porto de Santos e vieram para o norte do Paraná, se instalando em Foz do Iguaçu somente em 1959. Manuela conta que não tinha nada em Foz nem asfalto na principal avenida, e que somente havia oito casas, entre elas correio, Savaris, Favasso, Domaresk e Gomes. Casaram-se e vieram para o Paraná. Naquela época tinham dificuldades para conseguir produtos de necessidades básicas por falta de mercados, mercearias, ou vendas. Tinham no início dificuldades de amizades e um bom relacionamento na comunidade por falta de moradores e difícil acesso, no entanto fizeram amizade com os construtores da ponte da amizade, pois eram de uma empresa portuguesa. Hoje são comerciantes pioneiros na cidade na área de ferragens e utencílios.
Kamal Osman, 58 anos, casado com Fátima Massae Osman, 54 anos, tem quatro filhos e quatro netos, é natural de Baaloul, no Líbano. Chegou ao Brasil com dois anos de idade, mas seu pai Mahmoud Osman, já havia imigrado no Brasil em 1952. Em 1963 veio para o norte do Paraná, numa cidade chamada Assai. Casou-se em Foz do Iguaçu em 1977 e em 1978 começou as atividades comerciais.
Francisco Cerrano Martinez, 60 anos é natural de Zaragoza, Espanha. Em 1971, com 24 anos chegou ao Brasil, direto em Porto Alegre onde tinha um tio que residia nesta cidade, ali se casou e teve dois filhos, em 1982 chegou a Foz. Ele diz que tem mais ou menos 20 famílias espanholas que vivem em Foz.
A imigração é comum em toda parte mais ela se destaca quando se trata de Brasil. Desde a nossa colonização que na maioria se fez dos vindos da Europa, nossa marca estrangeira está registrada até os tempos atuais em nossas casas, caras, mesas e cultura.
A miscigenação é muito grande e se acentua na parte Sul e Sudeste do país com colônias japonesas, italianas, alemãs e portuguesas. A nossa história deve muito também aos africanos que vieram á força por trabalho escravo e destes notamos fortes heranças na parte norte do país. O meu Brasil é tão estrangeiro e aperfeiçoou seus traços vivenciando na história o famoso jeitinho brasileiro.
"O equilíbrio Japonês”
Além de nos trazerem uma demonstração forte de união e força no trabalho, por serem incansáveis, os japoneses nos trouxeram o arroz como uma contribuição rica para a formação da nossa comida típica, além de nos ensinar a harmonia que se pode ter com a natureza sabendo aproveitá-la em nossos móveis, objetos decorativos a base de bambu, junco, árvores em miniaturas “Bonsai”, a sintonia de sons relaxantes como os sinos do vento e as fontes artesanais.
As sedas japonesas tiveram um forte peso em alguns momentos da história, mas hoje com o crescimento da população nas regiões onde se estabeleceram estão se destacando na área têxtil em produção de jeans que é um ícone no vestuário brasileiro.
“As cerâmicas Portuguesas”
Quem nunca entrou em um ambiente que tem azulejos decorados nas paredes. Em vários patrimônios históricos, algumas casas de época, até mesmo nas inovações modernas notamos o traço Português das pinturas em cerâmica e o seu uso na decoração dos ambientes. Os Portugueses foram os maiores responsáveis pela nossa colonização e de herança nos deixou a valorização do convívio social, onde todos temos um ambiente na casa para a recepção de amigos, familiares, tomada de decisões, e prováveis eventos, seja numa sala de estar ou jantar.
“A ostentação do mundo árabe”
Este mundo compreende várias culturas de várias nações desde o Marrocos ao Irã, mas foram os sírios e libaneses que nos incluíram nesta história. Como famosos comerciantes vieram sem apoio do governo e se instalaram no comércio desde os bazares, loja de especiarias e restaurantes típicos. São conhecidos como os bons de matemática porque sabem ganhar dinheiro. Os seus estabelecimentos não são muito atrativos e não se destacam pela decoração e aparência, no entanto em suas casas fazem questão do maior conforto, valorizam e mantém muito sua cultura fazendo questão de expô-la em detalhes, desde os tapetes persas, quadros, peças de decoração, estilo na disposição, alguns ousam na arquitetura, mas nunca pode faltar o dourado ou ouro, que é o símbolo da riqueza Árabe.
“O que ficou de herança dos Africanos”
A nossa cultura racista por muito não fez questão de demonstrar qualquer traço africano em nossa herança cultural, nem mesmo na língua e culinária, mas atualmente algumas tendências decorativas tem trazido demonstração de alguns trabalhos e objetos desta cultura que é tão brasileira quanto nossos estrangeiros, como estampas em tecidos artesanais, peças em grafismo, galinhas d’Angola, cestos, barris e máscaras usadas em danças rituais.
“Tudo acaba em pizza”
Como pensar em pizza sem lembrar dos Italianos se “tudo acaba em pizza”! Essa expressão é uma marca brasileira com gostinho do estrangeiro. Os Italianos tiveram grande contribuição no nosso crescimento na época das grandes colheitas de café e algodão, mas é impossível pensar neles sem lembrar do vinho e da macarronada de Domingo.
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